quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Coceira crônica

No último dia 4, tive a oportunidade de dedicar algumas horas à Revista Superinteressante (mês de outubro). Das várias reportagens que li, duas foram absolutamente marcantes: "A Ku Klux Klan está viva" e Por que a coceira coça tanto? (que abordarei abaixo)"

A chamada para a reportagem foi impactante: "Conheça os casos mais incríveis (como a americana que coçou a cabeça até chegar ao cérebro), (...)" Parece sensacionalismo, não? Mas não é. O caso é que a americana em questão, Mary Nilsen, sentia uma intensa coceira na sobrancelha direita. Ela não conseguia se controlar e cutucava o local incessantemente, inclusive quando dormia, portanto, o dia inteiro... Até que acordou com uma gosma esverdeada escorrendo pelo rosto. Ela havia provocado uma infecção nos tecidos da pele e no próprio osso, que acabou quebrando. Literalmente, se coçou tanto que atravessou o crânio e chegou ao cérebro. Depois disso, Mary passou a dormir de capacete e com as mãos amarradas nas laterais da cama.
Como bem diz a reportagem, o caso de Mary é extremo, mas tem um ponto em comum com você e comigo: a coceira parece ficar mais intensa à noite. Explicação: " A produção de hormônios supressores da coceira, como a corticosterona, diminui no período noturno".
A mecanica da coceira é simples: no contato da pele com agentes externos (picada de mosquito, por exemplo), o organismo libera histamina, uma substância presente no sangue que faz a pele coçar. Por isso, a principal arma da medicina são os anti-histamínicos (antialérgicos), que cortam a ação dessa substância.
a revista conta também a história de duas brasileiras que sofrem de coceira crônica, ainda sem cura.
Mas a coceira, quando em escala normal, é altamente prazerosa, uma vez que o prurido estimula uma região do cérebro relacionada ao prazer. Entretanto, coçar provoca mais coceira. É por isso que, quanto mais você se coça, mais coceira sente. Mas vale a pena fazer um esforço para maneirar. E tem mais: assim como o bocejo, o ato de coçar também é contagioso. Que horror!
(Revista superinteressante Edição 257 - Out/2008)